O disjuntor da sua casa vive caindo ao ligar o chuveiro? Os seus aparelhos eletrônicos vivem queimando? Já tomou algum choque no registro do chuveiro ou ao conectar tomadas? O uso de adaptadores “T” e extensões são praticamente regra na sua casa? Esses problemas e tantos outros são muito comuns no dia a dia das pessoas e podem ser evitados se toda a sua rede elétrica for planejada e dimensionada corretamente!
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Energia elétrica não é brincadeira, deve ser tratada com toda a seriedade possível. No Brasil, em 2018, foram registrados mais de 1400 casos de acidentes com origem elétrica, sendo que 622 pessoas foram a óbito. As principais causas estão ligadas a choques e incêndios causados por sobrecarga ou curto-circuito, que só ocorrem em instalações mal projetadas e executadas.
O projeto elétrico é a previsão escrita da instalação, com todos seus detalhes, a localização e quantidade dos pontos de utilização da energia elétrica, os comandos, o trajeto dos condutores, a divisão dos circuitos, a seção dos condutores, os dispositivos de manobra, a carga de cada circuito, entre outros (CREDER, 2016).
Se o disjuntor da sua casa vive caindo, fique atento!
O disjuntor é um dispositivo de manobra mecânica e de proteção capaz de estabelecer, conduzir e interromper correntes em condições anormais, como sobrecargas e curtos-circuitos, com o intuito de proteger a fiação a qual está conectado e não o aparelho elétrico. O constante desarme do disjuntor é um sinal de mal dimensionamento e de risco de incêndio.
Cuidado ao conectar vários aparelhos à mesma tomada!
Cada tomada da sua residência foi fabricada e instalada para atender determinada potência e corrente máxima. Ligar vários aparelhos com o auxílio de um “T” aumenta a potência e, consequentemente, a corrente naquele ponto. Caso essa corrente excedente seja maior que a prevista, é certo que irá começar um aquecimento no local que, nos piores casos, pode iniciar um incêndio. Não há problema em usar adaptadores, o problema está em usá-los como regra para compensar a ausência de tomadas e sobrecarregá-los por causa disso.
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O Aterramento ou Proteção é Lei!
Em 2006 foi sancionado a Lei Nº 11.337, em que toda edificação cuja construção se inicie a partir da vigência desta lei deverá ter sistema de aterramento e instalações elétricas compatíveis com a utilização do condutor-terra de proteção, bem como tomadas com o terceiro contato correspondente. Este elemento é ligado a carcaça dos equipamentos elétricos e permite desviar a corrente de fuga para a terra, que surge quando acontecem falhas de funcionamento nos equipamentos elétricos, energizando a carcaça metálica desses equipamentos. Com toda essa relevância, muitas pessoas, por desinformação, ainda insistem em instalações elétricas sem esse condutor. O resultado: acidentes.
Todos os problemas citados acima, infelizmente, são muito comuns e já foram presenciados pela maioria dos brasileiros. Isso acontece devido à falta de importância dada ao planejamento das obras no país, pela cultura de querer economizar a curto prazo ao não contratar projetos para a obra. Os problemas citados foram apenas os mais comuns no cotidiano, a falta de projeto elétrico ainda causa inúmeros outros imprevistos que comprovam que a “economia” a curto prazo se torna um grande prejuízo no futuro.
Se identificou com os problemas citados? Quer construir e não pretende passar por esses imprevistos? A Edifica está aqui para te ajudar e aproveitem, pois durante todo mês de novembro estamos oferecendo nossos projetos, incluindo o projeto elétrico, com 15% de desconto!
REFERÊNCIAS:
CRUZ, Elaine Patricia. Acidentes com origem elétrica causaram 622 mortes em 2018. Agência Brasil, 2019. Disponível em: <https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-05/acidentes-com-origem-eletrica-causaram-622-mortes-em-2018>. Acesso em: 19 de nov. de 2020.
CREDER, Hélio. Instalações Elétricas. 16. ed. [S. l.]: LTC, 2016.
BRASIL. Lei nº 11.337, de 26 de julho de 2006. Lei do Fio-Terra. Brasília, 27 jul. 2006. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2006/lei-11337-26-julho-2006-544861-normaatualizada-pl.html. Acesso em: 19 nov. 2020.